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Fotografar o Funk Como Le Gusta é, pra mim, sempre um reencontro com o palco e com a memória. Há exatos 20 anos, foi uma das primeiras bandas que tive a chance de registrar com uma câmera. Voltar a fotografá-los agora, no Bourbon Street, é quase como fechar um ciclo – mas com novas lentes, mais luz e, felizmente, um pouco mais de técnica.

O show teve aquela mistura clássica da banda: sopros em formação de ataque, groove pesado, vocal potente e uma energia de palco que transforma qualquer apresentação em uma celebração coletiva. A luz do Bourbon, com seus tons de azul, lilás e vermelho, criou recortes dramáticos que ajudaram a contar essa história visual. Fiz questão de buscar ângulos que mostrassem o diálogo entre os músicos, o peso dos metais, o público próximo do palco e os detalhes da expressão de cada um – da concentração ao sorriso de quem está curtindo o próprio som.

A série traz desde as cenas amplas, mostrando o palco inteiro em sua arquitetura clássica, até os closes de trompetes e trombones cruzando o ar, capturados no calor do improviso. A mistura de neon, tijolos aparentes e luz recortada fez desse show um prato cheio pra brincar com sombras, cores e profundidade.